Sempre repito que não há motivos para se insistir nos erros. Erramos. Consertamos. Em prova e verso, segue o impecável texto traduzido por Danilo Goleta, ao descrever a performance nada inspiradora da equipe da Seleção Brasileira da Shopee na rodada de abertura.
As armas e os barões assinalados,/ Que da ocidental praia Lusitana,/ Por mares nunca de antes navegados,/ Passaram ainda além da Taprobana,/ Em perigos e guerras esforçados, / Mais do que prometia a força humana, / E entre gente remota edificaram/ Novo reino, que tanto sublimaram.”
Opa, texto errado. Agora sim. Apreciem sem moderação!
Na épica batalha futsalística de sábado passado, nosso querido time lutou bravamente, estávamos sem banco (obrigado Torres) e com atletas machucados em quadra, mas havia ainda um pequeno detalhe em quadra: o goleiro Danilo decidiu dar uma aula do que não fazer debaixo das traves. Resultado? Uma derrota amarga de 6×5 que poderia muito bem ser atribuída ao Manual de Como Entregar o Jogo em 3 Passos.
E assim, com essas três preciosidades, nosso time deixou a quadra com a primeira derrota
*Falha #1: GPS da Shopee*
Logo no início do jogo, Danilo resolveu dar uma de engenheiro de obra pronta. Na hora de fechar o canto, ele fez um cálculo digno de quem faltou às aulas de geometria. A bola veio chutada do lado esquerdo entre ele e a trave e Danilo, com a precisão de um GPS desatualizado, deixou um buraco do tamanho de um ônibus no canto esquerdo. O adversário, que não é bobo nem nada, só precisou escolher onde queria mandar a bola. Resultado? Gol fácil. A sensação era de que Danilo estava fechando o canto errado de propósito, como quem diz: “Aqui, amigo, o caminho tá livre, pode chutar!”
*Falha #2: O Lateral da Desgraça*
Como se já não bastasse o primeiro frango, Danilo decidiu inovar na arte de complicar o simples. Foi bater um lateral – porque, claro, goleiro que se preze adora sair jogando bonito. Mas o passe? Aquele clássico toque cirúrgico no pé do colega… que, coitado, já estava cercado pelo adversário. Resultado? O time perdeu a bola em 5 segundos.
E onde estava Danilo nesse momento? Voltando parecendo um Drone sem bateria. O adversário percebeu a moleza, chutou fraquinho, bem no meio do gol, um chute que até minha avó com reumatismo teria defendido. Talvez ele tenha pensado que era só uma miragem, ou quem sabe acreditava que a bola ia sentir pena e desviar sozinha. Spoiler: não desviou.
*Falha #3: O Frango ao Molho Lento*
E pra fechar com chave de ouro, tivemos a obra-prima da noite. O adversário soltou um chute sem muita força, mais pra teste de reflexo do que pra gol mesmo. Danilo, todo confiante, caiu certinho na bola, fez a defesa… ou quase. A bola, com a sutileza de quem não tinha pressa, foi escorregando por baixo dele, como se dissesse: “Com licença, tô só passando.” Danilo tentou reagir, mas parecia uma tartaruga de costas, se debatendo no chão enquanto a bola cruzava a linha devagarzinho, quase em câmera lenta. Samuel, do time adversário, até tentou ajudar tirando a bola de tanto dó, mas ela acabou pegando na panturrilha dele e entrando.
Foi o famoso “frango de forno lento”: bem temperado, assado com calma e servido direto no placar.