O último final de semana de outubro é aquele o qual experimentamos sentimentos antagônicos: Ao mesmo tempo em que há a expectativa de uma grande decisão entre Áustria e Itália, ficam as saudades antecipadas da histórica Copa Entre Amigos 2023. Sua vigésima edição trouxe seus heróis, vilões, os famosos cornetas de sempre, mas principalmente, uma qualidade e equilíbrio nunca vistos na história dessa competição. Campeonato esse que cresce a cada ano em seu nível técnico e competitividade, mas que não perde a sua essência, que é a amizade e o jogo limpo acima de tudo. E a decisão do terceiro lugar nos mostra essas qualidades, com Croácia x Uruguai, abrindo os trabalhos desse dia festivo.
O tema não poderia ter sido melhor: Seleções que marcaram história em copas do mundo. Algumas camisas pesadas no cenário futebolístico não conseguiram repetir seus feitos nas quadras da Apollo como fizeram nos mundiais, e ficaram no meio do caminho. Foram 14 seleções, mais de 110 atletas e apenas 8 sairão com a glória eterna.
Assim como Caverna e Gislei fizeram 16 gols somados nessa edição (14 Caverna + 2 Gislei), as finalistas Áustria e Itália tem em seu currículo 4 copas do mundo (4 Itália e 0 Áustria).
Apesar da pouca tradição da camisa austríaca no cenário mundial, na CEA 2023 a equipe desponta como favorita desde o dia do sorteio. Já a seleção Italiana, conta com um elenco de histórico de peso nas edições anteriores (não só na balança), com títulos e recordes individuais de seus atletas, fazendo jus as 4 estrelas que carrega na camisa.
Traçando uma breve leitura tática das duas equipes, o que vimos até aqui das candidatas ao título:
ÀUSTRIA: Com um elenco muito equilibrado taticamente desde o início da competição, a estratégia da equipe foi muito bem desenhada: Fernando Julkoski fechando a retaguarda e dois alas voluntariosos que auxiliam muito na marcação para as saídas esporádicas de seu goleiro, Achilles. A equipe procura sempre propor o ritmo do jogo através do seu craque Calebe. Esse que traz números marcantes para essa edição. Autor de 43 gols e 14 assistências até aqui, Calebe participou ativamente de 51% dos gols anotados pelos austríacos. Sem dúvidas é o grande destaque individual dessa edição, mas que não jogou sozinho. A seleção austríaca é a equipe menos vazada da competição com apenas 58 gols sofridos. Esse equilíbrio entre ataque e defesa foram os ingredientes que colocaram a equipe como o time a ser batido, desde o início.
ITÁLIA: A campanha da Esquadra Azurra Ceasense, traz semelhanças com a seleção histórica a qual representa: Em 1982 a equipe italiana estava longe de apresentar um futebol empolgante na fase de grupos e não figurava entre as favoritas. Da mesma forma o time de Allison e Piu, passa a primeira fase com muita desconfiança, garantindo a classificação apenas na última rodada mas se fortalece no mata mata e chega para brigar de igual pra igual com a poderosa Áustria. Com um esquema tático do futsal clássico, a equipe explora as jogadas de pivô em seu artilheiro Allison. Os números mostram uma participação ativa de 57% dos gols passando por seu pivô, seja como assistência (14) ou balançando as redes (35). O crescimento da equipe na fase decisiva passa pelas atuações acima da média de Piu e Ogro, esse que são os que mais exploram a jogada de pivô e contam com 16 e 20 gols respectivamente.
A análise das equipes mostra um equilíbrio tático, porém, uma dependência grande de seus “As”. E por isso perguntamos a eles quais os pontos fracos do adversário à serem explorados nessa decisão. Segundo Calebe, o despreparo físico e a fraca marcação dos azuis é o ponto a ser aproveitado. Já Allison aposta que a equipe ganhará forças no segundo tempo, momento em que os atletas Achilles e Gigio retornam de suspensão.
ÁUDIO CALEBE
ÁUDIO ALLISON
Na visão desse redator, em circunstâncias normais a Áustria carregaria o favoritismo, porém, as ausências de Achilles e Gigio na primeira etapa traz equilíbrio para o confronto, pois faz com que as equipes precisem sair de suas características principais. A Itália, para tirar proveito dessas ausências precisará propor mais o jogo, algo que não foi comum até aqui, pois conseguiu maiores êxitos quando jogou de forma reativa, explorando os erros de seus adversários. Já a Áustria, acostumada a ditar o ritmo de todos os jogos, precisará conter suas subidas nos primeiros 25 minutos de partida, pois não contará com um goleiro de ofício. Um erro poderá ser fatal. Isso tudo só traz mais emoção e adrenalina aos sortudos que estarão presentes do lado de fora como testemunhas oculares desse grande espetáculo que se inicia às 10h30.
Ficam as saudades antecipadas dessa competição que já está inserida em nossos calendários, como uma obrigação que temos aos sábados pela manhã, mas ainda resta uma última chance àqueles que ainda brigam pela glória. Será que os atletas apontados como protagonistas prevalecerão com seus status também no jogo mais decisivo ou teremos algum daqueles apontados com coadjuvantes resolvendo a parada? Qualquer palpite é mera especulação, a única certeza é que emoção não irá faltar e teremos assunto para o evento festivo de encerramento mais do que garantido.
PARTIDAS DE FINAL CEA 2023
DISPUTA DE TERCEIRO LUGAR:
CROÁCIA X URUGUAI 9:30h QUADRA 1
Mesários: Hetchko e Haryson
DISPUTA DE PRIMEIRO LUGAR E CAMPEÃO
ÁUSTRIA X ITÁLIA 10:30h QUADRA 1
Mesários: Leocas e Rodrigo Costa
RECADOS PAROQUIAIS DA ORGANIZAÇÃO: LEIAM OS COMUNICADOS DE PROTOCOLOS E DA RECREAÇÃO DAS CRIANÇAS QUE SERÁ REPASSADO HOJE!!!!