COLUNA DO GRALHA
(Por Gralha Azul, colonista ácido e problemático)
A cada duas rodadas, a Coluna do Gralha irá integrar a comunicação da Cea, até que o seguinte enigma seja solucionado: “Em casa de corno, coelho é urso”.
Porandubas do Gralha:
Com o fechamento da segunda rodada, todas as equipes da Copa Entre Amigos (CEA) já fizeram sua estreia, proporcionando um panorama de surpresas, decepções e, como sempre, as tradicionais polêmicas que agitam as resenhas tradicionais da Copa entre Amigos.
A expectativa em torno da CEA é sempre alta, e este ano não é diferente. Algumas equipes surpreenderam com desempenho acima do esperado, enquanto outras decepcionaram as bancas de apostas. E, como já é costume, as críticas ao sorteio e à arbitragem ocuparam grande parte das discussões pós-jogo.
Surpresa:
A equipe da Portuguesa de Fernando Fernandes está sendo uma grata surpresa. Em um campeonato onde as estrelas individuais muitas vezes brilham mais que o coletivo, ver um time jogar com tanta sincronia e estratégia é um alento para os amantes do futebol bem jogado. A vitória contundente da Portuguesa de Fernando Fernandes demonstrou que, além de talento, há uma preparação tática e um espírito de equipe que podem levá-los longe nesta competição.
Decepção:
Por outro lado, o time do Paranavaí foi uma decepção. Esperava-se muito mais de uma equipe que vinha com um histórico promissor. No entanto, a apatia e a falta de coordenação em campo resultaram dois empates bem discutíveis. A ausência de organização e a aparente falta de preparo emocional levantam questões sobre o planejamento e a preparação do time.
Obviedade:
E o União Bandeirante que perdeu novamente? Nada além do esperado. Nenhum time em que o comando esteja na visão de jogo do Achilles vai resultar em vitória. A derrota era óbvia, tal qual o vice do Baiak.
Polêmicas:
As polêmicas, tão inerentes ao nosso Campeonato, não poderiam faltar. As críticas ao resultado do sorteio e à arbitragem foram incessantes. A arbitragem, por sua vez, continua sendo um alvo fácil para críticas. Decisões controversas e supostos erros têm gerado discussões acaloradas, tanto dentro como fora de campo. E tivemos partidas sim, e partidas mais ou menos.
A Derrota do Pinheiros e o Compromisso do Maringá: Reflexões sobre a CEA e seus dramas:
A partida entre Maringá e Pinheiros foi um claro exemplo das emoções e dramas que envolvem o esporte. Apesar das críticas Maringaenses ao sorteio que se reverberou nos corredores, foi o comprometimento e a habilidade em quadra que definiram o resultado.
O Maringá entrou em quadra determinado, e o resultado foi um massacre futebolístico. O Pinheiros não conseguiu jogar. A vitória por 5×1 sobre o Pinheiros deixou claro a superioridade da equipe, que não quis saber das lamúrias vermelhas e colocaram “na roda” do adversário. O destaque ficou por conta de Speed Bracinho de Dinossauro, que literalmente guardou o artilheiro Allisson no bolso, devolvendo-o apenas na terça-feira após pagamento de resgate.
Por outro lado, o Pinheiros protagonizou cenas lamentáveis. Começou com Caverninha que mais incomodou a arbitragem do que jogou futebol, até que conseguiu sua expulsão. Ato seguinte, aos 19 minutos do segundo tempo, jogadores dos azuis “fingiram lesão” para encerrar a partida, um comportamento que não honra o espírito esportivo que a competição preza. É compreensível que a ausência de banco devido aos desfalques de Fernando Julkowski e Wellington Rodrigues, que preferiram o turismo de beach tennis tenha prejudicado o desempenho da equipe, mas desistir da partida antes do fim do seu tempo regulamentar para aferir vantagem não honra os colegas do Maringá que cumpriram com o seu papel comparecendo ao jogo. Lamentável.
Cianorte mostra solidez e expõe a fragilidade do União Bandeirante:
A equipe do Cianorte se destaca como um verdadeiro exemplo de solidez e organização. Na última rodada, o Cianorte, liderado pelo talentoso Rafa Costa, mostrou porque é considerada a equipe mais sólida da competição ao vencer o União Bandeirante por 5×1, sem correr qualquer risco durante a partida.
A performance do Cianorte foi um espetáculo de eficiência e disciplina tática. Desde o apito inicial, a equipe mostrou um domínio absoluto da partida, controlando todas as áreas do campo e neutralizando qualquer tentativa do União Bandeirante. Rafa Costa, com sua liderança e habilidade, orquestrou a equipe com maestria, tornando evidente a diferença de preparação entre os dois times.
Por outro lado, o União Bandeirante se revelou um verdadeiro desastre em quadra. A equipe do goleiro Achilles parecia completamente desorganizada e sem estratégia. A defesa estava perdida, o ataque desorientado e o banco desestimulado. Em meio ao caos, Achilles ainda parecia fantasiar que era artilheiro, enquanto Maurício tentava, sem sucesso, desempenhar o papel de armador. Essa confusão de papéis e a falta de uma estratégia clara só evidenciaram a fragilidade da equipe.
A triste realidade é que, com esse desempenho, o União Bandeirante caminha a passos largos para se tornar a maior frustração do campeonato. Nenhuma individualidade, por mais talentosa que seja, como Sacoman e Vina, conseguirá salvar um time que carece de coesão e planejamento. A equipe precisa de uma reestruturação urgente, começando por uma definição clara dos papéis e uma estratégia de jogo bem definida.
O contraste entre as duas equipes não poderia ser mais evidente: de um lado, a excelência e a preparação; do outro, a desordem e a falta de direção.
O Valor dos Heróis e a Vergonha dos Faltosos: Colorado segura o quanto pode contra o Cascavel:
O futebol é um espelho da vida, onde a dedicação e o esforço são, muitas vezes, mais valorizados do que os resultados. E foi exatamente isso que vimos na partida entre Colorado e Cascavel pela Copa Entre Amigos. Apesar de uma derrota acachapante por 8×3, os heróis Colorados honraram a camisa e lutaram bravamente em uma situação deveras adversa.
O Colorado entrou em quadra com Afonso no gol e apenas três atletas na linha: Gislei, Lucas e Diego Jesus. A ausência dos demais membros da equipe foi uma desonra para o campeonato e um desrespeito para com os colegas que se esforçaram em campo. Mesmo com essa desvantagem numérica, os quatro guerreiros do Colorado mostraram coragem e determinação, marcando golaços que arrancaram aplausos do público presente.
Do outro lado, o Cascavel, mesmo poupando esforços, atacou incessantemente. Sem encontrar resistência significativa, a equipe assinalou oito tentos sem grande dificuldade. A partida, apesar do placar elástico, foi honrosa para os que jogaram e vergonhosa para os faltosos. O público, por sua vez, pôde desfrutar de belos gols e boas risadas, especialmente com o cartão amarelo recebido por Coxinha, que, em sua eterna busca por um vexame, não decepcionou.
Para o Cascavel, a vitória serviu como redenção após a amarga derrota na primeira rodada. A equipe mostrou que tem potencial e, ao garantir os três pontos, coloca-se novamente na disputa. Já o Colorado, amargando a lanterna com zero pontos e treze gols contra, enfrenta uma crise de comprometimento.
Portuguesa confirma favoritismo e lidera Campeonato com vitória aplaudida:
No futebol, o favoritismo muitas vezes se confirma não apenas pelo talento individual, mas pela capacidade de uma equipe em se adaptar e superar adversidades. A Portuguesa, até agora, tem feito isso com maestria na Copa Entre Amigos. Com uma vitória contundente de 11×5 sobre o Operário, a equipe não apenas garantiu a liderança isolada do campeonato, como também reafirmou seu status de favorita.
A partida foi marcada por dois apagões do Operário, que permitiram à Portuguesa marcar quatro gols em quatro minutos no primeiro tempo e mais quatro gols em cinco minutos no segundo. Esses momentos de desconcentração foram fatais para o Operário, que, mesmo lutando, não conseguiu conter a avalanche ofensiva da Portuguesa.
No vestiário do Ferroviário, certamente ainda ecoam as perguntas sobre o que deu errado. Grande parte da culpa recai sobre o estilo de jogo adotado, conhecido como “Badazismo”, que pareceu não funcionar bem com a dupla Pacho-Dan. A falta de sincronia entre os dois jogadores foi evidente, comprometendo o desempenho coletivo da equipe.
Além disso, o conflito de gestão ficou evidente com a entrada de Constantino, que abandonou sua posição passiva de “xícara de cafezinho” para assumir o comando da equipe. Embora sua intervenção tenha iniciado uma reação, esta veio tarde demais para mudar o rumo da partida. A tentativa de reorganização no meio do jogo só expôs ainda mais as fragilidades do Operário, incapaz de responder à altura ao poder ofensivo da Portuguesa.
Do outro lado, Fernando Fernandes brilhou intensamente. Ele não apenas ditou o ritmo do jogo, mas liderou todas as estatísticas, sendo o destaque da rodada. Sua visão de jogo e habilidade para organizar o time foram fundamentais para a Portuguesa capitalizar sobre os erros do Operário e converter oportunidades em gols.
Matsubara estreia com vitória preguiçosa sobre o combalido Comercial
A estreia do Matsubara na Copa Entre Amigos foi marcada por uma vitória preguiçosa sobre a combalida equipe do Comercial. Com um placar de 7×3, os verdinhos mais queridos do estado conseguiram a vitória sem brilho, refletindo um desempenho aquém das expectativas.
Apesar do triunfo, a atuação do Matsubara deixou muito a desejar. Com cinco gols de Vini e uma brilhante performance de Guilherme, o “Triturador de Homens”, a equipe mostrou que tem talento individual de sobra, mas ainda falta intensidade e sincronia. O jogo se desenrolou de forma lenta e burocrática, quase como se estivessem jogando com o freio de mão puxado. Essa falta de dinamismo não encantou o público, que esperava uma exibição mais vibrante e convincente.
Do outro lado, o Comercial ainda parece estar à procura da chuteira ideal. A equipe deslizava literalmente em quadra, fora do tempo da bola, e mostrou uma clara necessidade de reorganização tática. Cada jogador parecia estar em um ritmo diferente, resultando em uma falta de coesão e estratégia. Para extrair o melhor de cada atleta, é fundamental que o Comercial trabalhe urgentemente em sua estrutura tática e em sua coordenação.
O destaque da partida foi, sem dúvida, Vini, com seus cinco gols, e Guilherme, cuja atuação foi um ponto alto no desempenho do Matsubara. No entanto, esses lampejos individuais não mascaram a necessidade de melhorias no coletivo da equipe. A vitória, embora importante, foi um lembrete de que há muito a ser trabalhado se o Matsubara deseja almejar algo maior nesta competição.
Para o Comercial, a derrota serve como um sinal de alerta. É imperativo que a equipe encontre rapidamente uma forma de se reorganizar e de integrar seus jogadores de maneira eficaz. A Copa Entre Amigos é um campeonato curto, e qualquer insistência tática burra pode ser fatal para as pretensões de uma equipe.
Malutron estreia com brilho, mas arbitragem polêmica garante empate para Paranavaí:
A estreia do Malutron na Copa Entre Amigos foi marcada por um futebol brilhante e emocionante, mas, infelizmente, terminou em um empate controverso contra a equipe do Paranavaí. Com um placar de 7×7, a partida foi um espetáculo de talento e determinação, mas a sombra da arbitragem pairou sobre o resultado final.
O Malutron, sem grandes estrelas, jogou de forma impecável, conquistando aplausos fervorosos da torcida com lances de habilidade e uma aplicação tática impressionante. A equipe mostrou que, mesmo sem nomes de destaque, é possível brilhar com um futebol coletivo e bem organizado. No entanto, a história da partida não foi apenas sobre o desempenho em campo.
O Paranavaí, por sua vez, continua sua trajetória na competição de forma polêmica. Até agora, a equipe vermelha tem se destacado mais pelas firulas e confusões do que pelo futebol apresentado. É uma equipe Calebe-dependente, que, ao invés de se firmar como favorita ao título, está rapidamente se tornando candidata a chacota do campeonato. Após duas partidas que, por meios duvidosos, terminaram em empate, o Paranavaí parece mais preocupado em gralhar do que em jogar.
A partida de ontem foi um reflexo dessa tendência. Após a injusta expulsão do goleiro Flávio do Malutron e um lance duvidoso que resultou no gol de empate do Paranavaí, a sensação de frustração era palpável. O gol controverso, que veio nos momentos finais, foi a gota d’água para muitos que assistiam à partida. O Malutron, que liderava o placar com mérito, viu seu esforço ser neutralizado por decisões questionáveis da arbitragem.
Não se deixem enganar pelos resultados. O Paranavaí, até agora, não mereceu os pontos que conquistou. Com uma performance cheia de firulas e pouca substância, a equipe se afastou da promessa de ser uma favorita ao título. O time é dependente de Calebe, mas nem mesmo seu talento individual está sendo suficiente para salvar uma equipe que parece mais preocupada em criar confusão do que em jogar futebol.
Do outro lado, o Malutron saiu de campo com a cabeça erguida. Apesar do empate, a equipe mostrou um futebol de qualidade, digno dos aplausos recebidos. Com sete gols marcados e uma atuação taticamente sólida, o Malutron provou que é uma equipe a ser respeitada e que tem muito a oferecer nesta competição.
Partidas de Amanhã pela Terceira Rodada
Cianorte x Malutron Quadra 1 9h Mesários: Marcelinho e Achilles | Rio Branco x Portuguesa Quadra 2 9h Mesários: Fernando Julkowski e Queiroz |
Matsubara e U. Bandeirante Quadra 1 10h Mesários: Rafa Costa e Ogro | Pinheiros e Paranavaí Quadra 2 10h Mesários: Cozzolino e Nilo |
Cascavel x Maringá Quadra 1 11h Mesários: Felipe Machado e Vini Ferreira | Londrina x Comercial Quadra 2 11h Mesários: Welligton Rodrigues e Marquinhos |